março 15, 2012



O telefone toca, eu falo alô e não há resposta, só a linha muda ...
eu sou a linha
muda... contínua.
Sou ridiculamente apaixonada por tudo que me ignora.
Sinto prazer em desejar do último galho a amora,
ando às avessas no escuro procurando o lado certo de alguém....
Não há ninguém.
Troco o par do sapato pra ver se desentorto o pé  para andar direito,
não tem jeito ,
eu tropeço, me stresso e sigo descalço.
Encontro um maço, tiro um trago, acendo um café,
desenho fumaça, peço licença para escada - ela não me concede - então eu fico de pé.
Em pé eu me movimento, surge uma letra e uma música triste ,
lembro da beleza das palavras que enobrecem a tristeza,
me sirvo de um prato de folha e uma caneta sobre a mesa de sobremesa;
mastigo devagar algumas letras e bebo frases,
de aperitivo, uma caixa de idéias soltas para juntar.
Então aqui eu me encontro, me sentindo "Alice com seu tic-tac" ,
onde nada faz sentido, mas é tudo real.
Acho que sou um quadro abstrato , me encontro e me perco em linhas e borrões,
mas no final somente quem olha com o coração pode entender que abstrato não é borrão
é a essência de uma alma que expõe aquilo que foi, e aquilo que é !

4 comentários:

  1. esse texto é ótimo! parabéns

    http://rocknrollpost.blogspot.com/

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  2. Com certeza os textos aqui me dispertaram muitas exclamações , interrogações e reticências...lindo parabéns!!! Obrigada pela visita no meu cantinho...volte sempre!!! Seguindo aqui tbm! Grande abraço!
    http://alternativassonoras.blogspot.com/

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  3. Que orgulho ter uma amiga poeta!!! Adorei o blog. Espero que continue escrevendo. Bjs
    Sergio

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  4. Obrigada Sergiooo, vou continuar sim, e só porq vc disse vou publicar algo hj!!
    =)

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