março 17, 2010

" Silêncio "


Queima... arde .. impera

No silêncio ouve-se o próprio eu ...

Enxerga-se o sujo d’alma ...

Percebe-se as cores em negativo ...

O silêncio arrebata e congela ...

Derruba e devasta o que perto dele impera ..

Assusta, pois arranca levemente o segredo mais oculto ..

Sem força ou mordaça ; castigo ou maldição.

Silencie-se...

Refugie-se ...

Congele-se e mova-se ...

Quebre com as partúculas de arrependimento e amargura,

Junte, cole e faça de novo.

Arte mosaica...

Sem forma...

Sem padrão ...

apenas uma peça com a outra,

Reformando um coração.

Exponha-se ...

Exiba-se .. tal qual luminária de salão ,

Aquela brilhante .. gritante ...

Que todos param , observam, lisonjeiam e prestam atenção.

Busque no torpor do seu eco a resposta ,

E ainda que seja ele falho ...

Ainda que seja ele fraco ...

Ainda que você não tenha ousado ...

Viva-o !!