Em algum momento eu deixei bola de neve escapar e ela começou a rolar ladeira abaixo. Talvez já faça algum tempo que ela começou este trajeto, não me dei conta. Pois bem. Agora que ela tomou um tamanho assustador e parece querer me dominar, não vou abrir mão do meu espaço. Bolha minha intenção não é cruel e não quero te destruir, minha ideia é reconstruir os seus conceitos para que possamos nos entender. Eu te decifro e você não me devora! Que tal essa ideia?
Sei que você carrega pedaços e laços super importantes da minha vida e personalidade, portanto não acho justo simplesmente ignorar sua aparição. Antes de você chegar talvez eu nunca tivesse me dado conta de que a vida nos cobra atitudes e responsabilidades, a vida nem sempre segue as nossas regras e eu estou aprendendo a perder, a ouvir o não e aceitar que algumas pessoas simplesmente vão nos aceitar mas não nos amar.
É bem difícil chegar a algumas conclusões mas eu estou me deparando com todas as minhas faces, como numa espécie de quebra cabeça.
Decidi tirar um tempo para meditar e ter uma viagem ao centro do meu “eu”. Me conhecer de fato, de verdade. Descobrir minhas respostas, acalmar a minha mente tão inquieta, respeitar minhas falhas e não me acusar o tempo todo. Ser a minha própria algoz tem me feito um tremendo mal.
Porém não há mal nessa vida que não possa melhorar. Não posso estipular uma data para dizer desde quando estou travando uma luta com o desconhecido, mas agora me dei conta que posso ser dona das minhas próprias vontades.
Ah, outra coisa, eu percebi que não se substitui um amor por outro e que o tempo é necessário para nos recolocarmos.